BEM VINDO AO MUNDO DE JAQUE

Oiiiii, a ideia deste espaço é divulgar meus trabalhos com artesanatos, alguns eu faço para venda e, a maioria são para a minha casa ou presentear amigos e familiares. Além de artesanato, exponho textos escritos por mim e textos que acrescentam algo de bom na minha vida e repasso a vocês. Também há lugar para fotos de pessoas, coisas e lugares que amo entre tantas outras coisas que me fazem bem e que desejo que façam bem para quem vier visitar.





O lema "FAÇA E FALE O BEM" é para ser levado ao pé da letra. Por inúmeras vezes estamos em contato com notícias e acontecimentos ruins, mesmo só praticando coisas boas. Então, porque não divulgar essas notícias, acontecimentos e atitudes positivas? Acredito sinceramente que a palavra tem poder, logo, quanto mais fazemos e falamos sobre coisas que nos fazem felizes, que transformam a vida das pessoas e ajudam o próximo, melhor o mundo ficará!





Espero que gostem e contem sempre comigo. PAZ, PAZ, PAZ!

terça-feira, 22 de março de 2011

O BLUETOOTH E O FÓSFORO

Há alguns dias atrás, eu e o meu marido estávamos conversando sobre diversas coisas, caimos no assunto "tecnologia". Eu acho o máximo esse esquema de tecnologia, poder conversar com pessoas de todos os lugares, ter acesso a museus, cidades, livros, música, fotos etc, etc, etc.
Na minha época de faculdade, eu trocava cartas com algumas amigas do tempo do cursinho, principalmente com minha querida amiga Luana, hoje ela está em Londres e nós mantemos contato por orkut, msn e email. Confesso que sinto falta daquela curiosidade em abrir o envelope e acompanhar linha por linha as novidades das amiguchas, sem contar que as cartinhas iam e vinham escritas com canetas coloridas, papel perfumado e com desenhos ou adesivos, para tentar expressar naquele pedaço de papel todo o carinho e saudades que sentíamos uma pelas outras (ainda tenho essas cartas guardadas). Hoje as notícias são instantâneas, alguém terminou ou começou um relacionamento, basta alterar o perfil e pronto, todos os amigos ficam sabendo. Saiu de férias, foi jantar fora, caiu em casa, passou pro mestrado, tá de luto ou qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, todo mundo fica sabendo, seja uma pessoa famosa ou não. Não acho ruim não, ao contrário, penso que é muito bacana, porque as vezes estamos há um tempão sem falar com alguém e ao ler uma novidade, ruim ou boa, se torna um pretexto para retormarmos o contato.
Mas o assunto que realmente quero tocar são as tecnologias do cotidiano que mal dão tempo para nós nos acostumarmos com uma e já vem outra atropelando. Voltando a mencionar meu tempo de faculdade, lembro que levava meus trabalhos de aula gravados em disquetes (se alguém me chamar de velha agora apanha), depois evoluí para os cds regraváveis e quase no fim do curso, "descobri" o mp3. Que descoberta maravilhosa, lia os textos em casa e chegava na sala de aula, ligava o mp3 para gravar o que o professor e demais colegas discutiam e ficava acompanhando o debate do texto, qualquer dúvida era só ouvir novamente a gravação e estava tudo certo, foi o período que mais aproveitei o curso.
Faz poucas semanas escutei os meus chefes perguntando um para o outro: "- Tens bluetooth?", no que o outro respondeu: "-Tenho sim, chega aí!", e eu não me contive na minha insignificância e fui obrigada a perguntar o quê que era aquilo. Quando os rapazes me explicaram o que era e como funcionava. Que genial, agora se pode trocar arquivos de um aparelho para outro sem necessidades de cabos, fios ou qualquer outra parafernália conectando um instrumento a outro. FAN-TÁS-TI-CO.
Pesquisei na internet (meu amigo Google sabe tudo) no que consistia o Bluetooth e cheguei a incrível conclusão que "o sistema funciona através de comandos e respostas conhecidos por um protocolo", ou seja, os aparelhos devem ter tecnologias compatíveis. Não ajudou muito a entender, mas mesmo assim, achei o máximo a ferramenta que o homem criou e que possui. Até aí tudo certo, só uma historinha.
Daí, voltando a conversa inicial com o meu maridão, estávamos na cozinha conversando, falando justamente da evolução tecnológica, quando acendi o fogão e fiquei olhando o palitinho queimar, "plin" pensei no fósforo, melhor se expressando, pensei em "ter o poder do fogo ao alcance de nossas mãos".
Alguém já se perguntou quem, como e quando foi inventado o palito de fósforo? Eu parei pra perguntar, lógico que consultei novamente meu amigo Google, e não é que ele sabe tudo mesmo?! Descobri que a substância Fósforo foi achada por acaso em 1669 (isso é ser velho), que em 1680 o físico Robert Boyle criou algo semelhante ao palito de fósforo, na verdade ele criou uma folha áspera coberta por fósforo da qual acompanhava uma varetinha com enxofre, daí se obtinha o fogo. Mas foi só em 1855 que o palito de fósforo, como conhecemos hoje, é que foi criado. Isso não é incrível também?!
 A evolução humana é separada por descobertas que fizemos, quando deixamos de ser nômades e passamos a cultivar a terra e nos fixamos na mesma, quando começamos a escrever e registrar nosso cotidiano nas paredes das cavernas, tabuinhas, papiros e assim por diante, quando inventamos a roda, as naus e desvendamos os segredos dos 7 mares, descobrimos novos continentes (o Brasil foi "descoberto" e o Velho Mundo ainda não conhecia o fósforo) e assim por diante.
Sabem como o homem sobreviveu tanto tempo sem fósforo?
Sabem como ele fazia para acender o paviu dos canhões e outras armas durante as conquistas?
Como conseguia fogo para cozinhar e para fazer qualquer outra coisa?
Bom, os homens sempre se viraram. Primeiramente usavam o fogo originado por raios e até mesmo o oriundo das secas. Alguém descobriu que as lentes quando expostas a raios de sol também poderia botar fogo em algum material, que friccionando duas varetinhas de madeira também incendiava ou batendo-se duas pedras, saia fagulhas que com muita sorte originava o fogo (lembrei agora daquele filme "Náufrago"). Mas o método mais utilizado antes da invenção do palito do fósforo consistia em bater uma pedra de silex com uma superfície de aço, daí surgiam faíscas, entrava na jogada pavios confeccionados por trapos de linho, tinha que dar uma assopradinha pra brasa ficar mais forte, e finalmente se encostava um palito lambusado por ácido sulfúrico, pronto, eis o fogo, fácil, prático e barato.
Bom, dá pra imaginar também o quanto de gente queimada e incêndios involuntários aconteceram durantes anos e anos. Mas o mistério do fogo foi desvendado.
Alinhavando o Bluetooth com o Fósforo, chego a conclusão que grandes invenções as vezes acontecem por acaso,  que as vezes também não damos conta do poder que temos em nossas mãos, por quantas dificuldades nossos ancestrais passaram, de que como não valorizamos pequenas coisas do nosso dia a dia e, geralmente, valorizamos grandes idéias de coisas que nem sabemos como funciona, para quê funciona e nem temos dinheiro para adquirir essas invenções, de como achamos supérfulo uma caixinha de fósforo e até acreditamos que ela sempre existiu. Volto a lembrar do filme "Naufrago", se eu ficasse presa em algum lugar, dependendo do lugar é claro, um aparelho com Bluetooth, provavelmente, não me ajudaria muito, mas uma caixa de Fósforos faria toda a diferença.
PS.: Bluetooth é o sobrenome de um rei da Dinamarca do fim dos anos 900 que conseguiu através de batalhas unificar o seu reino com uma parte da Noruega. Em sua homenagem foi dado o seu nome para mostrar ao mundo a importância da região Nórdica na área da indústria das comunicações.

Um comentário:

  1. Muito bom texto, prima. Uma reflexão importante nestes dias de correria, informação em demasia e super valorização de bugigangas. Concordo com vc, tb me encanta a tecnologia. Porém, precisamos cuidar para não nos tornarmos escravos da mesma.
    Grande beijo

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