Faz poucas semanas escutei os meus chefes perguntando um para o outro: "- Tens bluetooth?", no que o outro respondeu: "-Tenho sim, chega aí!", e eu não me contive na minha insignificância e fui obrigada a perguntar o quê que era aquilo. Quando os rapazes me explicaram o que era e como funcionava. Que genial, agora se pode trocar arquivos de um aparelho para outro sem necessidades de cabos, fios ou qualquer outra parafernália conectando um instrumento a outro. FAN-TÁS-TI-CO.
Pesquisei na internet (meu amigo Google sabe tudo) no que consistia o Bluetooth e cheguei a incrível conclusão que "o sistema funciona através de comandos e respostas conhecidos por um protocolo", ou seja, os aparelhos devem ter tecnologias compatíveis. Não ajudou muito a entender, mas mesmo assim, achei o máximo a ferramenta que o homem criou e que possui. Até aí tudo certo, só uma historinha.
Daí, voltando a conversa inicial com o meu maridão, estávamos na cozinha conversando, falando justamente da evolução tecnológica, quando acendi o fogão e fiquei olhando o palitinho queimar, "plin" pensei no fósforo, melhor se expressando, pensei em "ter o poder do fogo ao alcance de nossas mãos".
Alguém já se perguntou quem, como e quando foi inventado o palito de fósforo? Eu parei pra perguntar, lógico que consultei novamente meu amigo Google, e não é que ele sabe tudo mesmo?! Descobri que a substância Fósforo foi achada por acaso em 1669 (isso é ser velho), que em 1680 o físico Robert Boyle criou algo semelhante ao palito de fósforo, na verdade ele criou uma folha áspera coberta por fósforo da qual acompanhava uma varetinha com enxofre, daí se obtinha o fogo. Mas foi só em 1855 que o palito de fósforo, como conhecemos hoje, é que foi criado. Isso não é incrível também?!
A evolução humana é separada por descobertas que fizemos, quando deixamos de ser nômades e passamos a cultivar a terra e nos fixamos na mesma, quando começamos a escrever e registrar nosso cotidiano nas paredes das cavernas, tabuinhas, papiros e assim por diante, quando inventamos a roda, as naus e desvendamos os segredos dos 7 mares, descobrimos novos continentes (o Brasil foi "descoberto" e o Velho Mundo ainda não conhecia o fósforo) e assim por diante.
Sabem como o homem sobreviveu tanto tempo sem fósforo?
Sabem como ele fazia para acender o paviu dos canhões e outras armas durante as conquistas?
Como conseguia fogo para cozinhar e para fazer qualquer outra coisa?
Bom, os homens sempre se viraram. Primeiramente usavam o fogo originado por raios e até mesmo o oriundo das secas. Alguém descobriu que as lentes quando expostas a raios de sol também poderia botar fogo em algum material, que friccionando duas varetinhas de madeira também incendiava ou batendo-se duas pedras, saia fagulhas que com muita sorte originava o fogo (lembrei agora daquele filme "Náufrago"). Mas o método mais utilizado antes da invenção do palito do fósforo consistia em bater uma pedra de silex com uma superfície de aço, daí surgiam faíscas, entrava na jogada pavios confeccionados por trapos de linho, tinha que dar uma assopradinha pra brasa ficar mais forte, e finalmente se encostava um palito lambusado por ácido sulfúrico, pronto, eis o fogo, fácil, prático e barato.
Bom, dá pra imaginar também o quanto de gente queimada e incêndios involuntários aconteceram durantes anos e anos. Mas o mistério do fogo foi desvendado.
Muito bom texto, prima. Uma reflexão importante nestes dias de correria, informação em demasia e super valorização de bugigangas. Concordo com vc, tb me encanta a tecnologia. Porém, precisamos cuidar para não nos tornarmos escravos da mesma.
ResponderExcluirGrande beijo