BEM VINDO AO MUNDO DE JAQUE

Oiiiii, a ideia deste espaço é divulgar meus trabalhos com artesanatos, alguns eu faço para venda e, a maioria são para a minha casa ou presentear amigos e familiares. Além de artesanato, exponho textos escritos por mim e textos que acrescentam algo de bom na minha vida e repasso a vocês. Também há lugar para fotos de pessoas, coisas e lugares que amo entre tantas outras coisas que me fazem bem e que desejo que façam bem para quem vier visitar.





O lema "FAÇA E FALE O BEM" é para ser levado ao pé da letra. Por inúmeras vezes estamos em contato com notícias e acontecimentos ruins, mesmo só praticando coisas boas. Então, porque não divulgar essas notícias, acontecimentos e atitudes positivas? Acredito sinceramente que a palavra tem poder, logo, quanto mais fazemos e falamos sobre coisas que nos fazem felizes, que transformam a vida das pessoas e ajudam o próximo, melhor o mundo ficará!





Espero que gostem e contem sempre comigo. PAZ, PAZ, PAZ!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

QUANTAS MENTIRAS NOS CONTARAM

Quantas mentiras nos contaram; foram tantas, que a gente bem cedo começa acreditar, ainda por cima, se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.
Uma das mentiras: que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante. É muito simples: não podemos. Não podemos, quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar, dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome; não podemos, quando você não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante…
Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara, se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?


Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno, com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer -sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.
Ah, quanta mentira!

Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha; não à que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison. Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe, a guerra já está perdida. Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes - aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro. Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.
É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.
Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.
Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.
Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.
E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver (segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão).
Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria…Parabéns para quem consegue fingir tudo isso….
Autora: Danuza Leão

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